A divulgação de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE mostra que o Brasil vive uma transformação nos arranjos familiares: em 2024, 18,6% dos domicílios eram ocupados por apenas uma pessoa, contra 12,2% em 2012, um salto de 52% em 12 anos.
Esse fenômeno tem múltiplas explicações. Segundo analistas do IBGE, parte do crescimento está associada ao envelhecimento da população, já que 40% desses lares unipessoais são ocupados por pessoas com 60 anos ou mais. Também há fatores como a migração por trabalho: especialmente em grandes centros, muitos se mudam sozinhos para empreender ou se estabelecer no emprego antes de formar família.
Além disso, a pesquisa revela perfis demográficos: entre os homens que moram só, 57,2% têm entre 30 e 59 anos; entre as mulheres, 55,5% têm 60 anos ou mais.
Esse recorte demográfico também ajuda a explicar o avanço de novos modelos habitacionais no país, entre eles o Sênior Living,uma tendência em ascensão no mercado imobiliário. O conceito se refere a empreendimentos projetados especialmente para pessoas idosas que desejam manter autonomia, vida social ativa e qualidade de vida, diferentemente das tradicionais casas de repouso.
No Centro-Oeste e em especial em Cuiabá, a movimentação do mercado imobiliário acompanha essa tendência nacional. A verticalização na capital mato-grossense tem ganhado força à medida que as famílias diminuem e cresce a busca por praticidade, localização e tecnologia.
A Vivart, construtora mato-grossense, identifica essa demanda e tem desenvolvido empreendimentos para atender esse perfil. No conceito Moov, que conta com unidades compactas (studios e apartamentos menores), além de áreas comuns bem planejadas.
Para traduzir essa nova realidade habitacional, tem adotado uma abordagem autoral: seus projetos priorizam qualidade de vida e rentabilidade, focando em moradores que buscam praticidade, autonomia e investidores que veem valor no empreendimento.
O gerente comercial da Vivart, Leonardo Hugueney, explica. “Percebemos claramente uma mudança no perfil de moradia: há mais pessoas sozinhas, tanto por escolha quanto por circunstância. Isso demanda projetos mais eficientes, unidades bem desenhadas, que não desperdicem espaço, mas ao mesmo tempo entreguem conforto. Nosso modelo Moov é pensado para isso: plantas inteligentes, áreas comuns modernas, coworking, academia, sky-bar, para que o morador tenha uma experiência completa. E, para investidores, esses apartamentos compactos são altamente atrativos, porque têm menor valor de entrada, mas boa liquidez e potencial de valorização”.
Segundo Leonardo, a Vivart também trabalha para que esses empreendimentos sejam acessíveis financeiramente, sem sacrificar a estética ou a funcionalidade. “Nosso objetivo é que o morador solo tenha uma casa que funcione para ele, não apenas como dormitório, mas como lugar de convivência e produtividade”, reforça.